Lilian Queiroz: a mulher que cuida de gatos e de sorrisos

Há quem desconfie que a verdadeira identidade da Mulher Maravilha seja Lilian Queiroz. Afinal, a odontopediatra mais conhecida do Rio consegue conciliar o movimentadíssimo consultório com um trabalho voluntário tão intenso que já encontrou famílias muito bem escolhidas para cerca de três mil animais, a maioria gatos. A dupla eficiência cobra seu preço: ela raramente dorme mais do que quatro ou cinco horas, e seus momentos de lazer podem ser contados nos dedos. Mas isso, diz Lilian, não é nada:

— Você quer prazer maior do que ver uma criança chegar cheia de cáries e de medo de dentista e em pouco tempo estar tua amiga, com os dentinhos perfeitos? Ou ver um gato machucado e assustado se transformar num animal saudável e confiante?

Como essas são coisas que acontecem sempre, e muito, na sua vida, ela é uma mulher feliz. Aos 61 anos, já passou da fase de se preocupar com o que os outros pensam, atitude essencial para quem cuida de bichos e, por conseguinte, sofre com toda a espécie de preconceitos.

— No mínimo, acham que você é maluca – diz, caindo na risada; mas logo depois fica séria. – A nossa sociedade ainda discrimina muito os animais e, por tabela, quem cuida deles. Uma coisa que ouço com freqüência irritante é gente perguntando por que não cuido de crianças carentes. Cuido também, abro muitas horas no consultório para atendimento gratuito, mas isso nem vem ao caso. O fato é que os animais também precisam de alguém que olhe por eles. A minha resposta padrão para essas pessoas, que tipicamente não fazem nada por ninguém, nem gente nem bicho, é: “Ah, que bom, você tem uma ONG que cuida de crianças? Eu adoraria conhecer o seu trabalho!”

Lilian, uma taurina típica que nasceu e cresceu em Uberlândia, e que sempre conviveu com bichos, acostumou-se desde cedo a tomar seus próprios rumos. Filha de família tradicional, educada para ser uma moça prendada, teve muitas aulas de bordado e de corte e costura até descobrir a paixão pela odontologia.

— Foi inteiramente acidental — lembra. – Eu sempre adorei arte, tinha uma queda por desenho, queria fazer escultura. Um dia marquei um encontro com um amigo que era filho de dentista no consultório do pai dele, onde vi um trabalho de prótese que o pai estava fazendo. Fiquei apaixonada: aquela micro-escultura era um sonho! Ali descobri a minha vocação. Meu pai ficou indignado quando cheguei em casa dizendo que queria ser dentista, “profissão de sustentar marido” na opinião dele. Uma moça de bem era professora ou fazia letras, e olhe lá. Bati o pé. E bati mais forte ainda quando, logo depois de concluir a faculdade, avisei que vinha para o Rio, para fazer um curso de especialização.

Chegou à cidade com 23 anos, o curso de especialização começou e acabou e ela foi ficando. Uberlândia virou uma foto na parede. Passou a dedicar-se exclusivamente a crianças, desafio que até hoje a seduz. É apaixonada por seus clientes, e plenamente correspondida. Os poucos adultos de quem trata são ex-crianças que frequentam seu consultório desde pequenas, como a atriz Debora Bloch.

— Tive muita sorte. Comecei a trabalhar num momento em que a odontologia estava se desenvolvendo a uma velocidade inacreditável, descobrindo a prevenção e materiais cada vez melhores. Hoje a gente começa a tratar as crianças assim que nascem seus primeiros dentinhos, quando ainda são bebês. Quando eu era jovem, era comum que os próprios dentistas dessem balas para as crianças, como premio de bom comportamento. Quem me despertou para a prevenção foi o dr. Olympio Faissol, com quem fui trabalhar assim que terminei os estudos.

A vida no Rio não era um mar de rosas. A jovem dentista morria de saudades: a família em Minas era uma festa permanente, os quatro irmãos sempre rodeados de amigos, mesas de almoço e jantar com não menos do que dez pessoas, muita cantoria, muitas serenatas. Felizmente havia a companhia dos bichos, que nunca permitiram que se sentisse sozinha. Ao contrário, com o passar do tempo eles foram se tornando presenças cada vez mais constantes – e numerosas – na sua vida. Incapaz de passar por um animal abandonado e deixá-lo largado, quando viu estava com 15 gatos em casa, e com uma briga e tanto com a vizinhança.

— Eu não entendo certas pessoas, — desabafa. – Elas convivem com marteladas de obra, com música alta, com helicóptero, com carro de bombeiro passando na rua, com buzina, com criança chorando, com vizinho brigando. Mas vá um cachorro latir ou um gato miar! O mundo vem abaixo.

Lilian comprou um apartamento maior “para diluir os gatos”, mas, no dia da mudança, viu que estava trocando seis por meia dúzia. Ao descer do carro na porta da nova casa, esbarrou numa moradora de rua que passava com um carrinho de supermercado carregando uns trinta gatos. Logo estava cuidando deles e, de quebra, da moradora de rua, que tinha cancer. Depois disso, o fluxo de animais abandonados que cruzaram o seu caminho não parou mais. Os mais precisados de atenção acabavam na sua casa, que funcionava (e funciona até hoje) como lar temporário, até que novos donos sejam encontrados. O apartamento é amplo, bonito, com uma luz maravilhosa. A decoração é minimalista, e os estofados sofrem: quem convive com gatos sabe que eles adoram interferir no ambiente, e têm um fraco por franjas e rendas.

— A minha mãe fica muito estressada quando vem ao Rio. Ela me diz: “Você podia ter uma casa tão bem arrumada!” Eu respondo que, enquanto a maior parte das pessoas optou por objetos, eu optei por vidas.

Logo ela descobriu que no Morro do Pasmado, ao lado da sua casa, havia uma quantidade de gatos abandonados, todos em péssimas condições. Passou a cuidar deles, alimentando, recolhendo os filhotes e encaminhando para adoção, castrando os adultos, dando vermífugos e remédios eventualmente necessários. Trabalho demais para uma pessoa só: foi uma época de crise no consultório, onde acabava se atrasando e onde chegou a perder clientes por causa disso.

Era preciso tomar uma providência. Paciente e determinada, Lilian estudou a situação e acabou chegando à conclusão de que a melhor forma de ajudar os bichos seria criando uma ONG. Assim nasceu a Oito Vidas, cujo nome vem das tradicionais sete vidas dos gatos, mais aquela que ganham quando são adotados.

— Hoje já se sabe que não adianta recolher os animais a abrigos – diz Lilian, que adotou o protocolo da Feral Cat Coalition de San Diego, na Califórnia, instituição que tem tido sucesso notável no trato de animais abandonados. – Gatos vivem em colônias, e se uma colônia é removida, aquele espaço logo é preenchido por outros gatos. A primeira reação das pessoas que não sabem do que estão falando, diante de uma colônia de gatos, é que é preciso levá-los embora. Mas levar para onde? Não há lugar para onde se possa leva-los aqui no Rio. A Suipa está super lotada, e o CCZ é um campo de extermínio. “Leva para um sítio”: outra péssima idéia, porque nas áreas rurais do estado existe uma quantidade de felinos selvagens que podem ser contaminados por alguma doença trazida pelos gatos da cidade. A melhor forma de se lidar com os animais abandonados é controlando a população das colônias, dando alimentação, garantindo que todos sejam castrados e tratados se ficam doentes. Idealmente, é um trabalho feito em conjunto com os protetores locais e com o governo, que deve criar unidades móveis de castração e fazer campanhas educativas junto à população para prevenir o seu abandono. Aqui no Rio, porém, o governo é inteiramente omisso. A Secretaria de proteção e defesa dos animais, a Sepda, foi criada com boa intenção, mas virou um cabide de empregos onde sequer é necessário gostar de bicho para assumir um cargo.

Recentemente, a Oito Vidas entrou com um pedido de representação junto ao Ministério Público contra a Sepda, justamente, por causa do apoio da Secretaria à idéia sinistra do Jockey de, mais uma vez, confinar os gatos da sua sede num gatil, espécie de campo de concentração de felinos. Cristina Palmer, vice-presidente da ONG, é advogada com larga experiência na área dos direitos dos animais.

A Oito Vidas (oitovidas.org.br), que cuida de cerca de 800 gatos, hoje tem um ambulatório, por onde passam aqueles recolhidos para castração ou necessitados de cuidados médicos, e uma pequena equipe de funcionários e voluntários. Tem também um convênio com a Hélio Alonso na área jurídica, graças ao dr. Marcelo Turrá, que oferece ajuda gratuita a quem enfrenta problemas na área, como ter algum animal envenenado por vizinho ou sofrer ameaças de despejo por ter bicho em casa. O governo, para variar, só faz atrapalhar.

— Imagina qual foi a exigência que me fizeram quando encontrei o depósito onde afinal fiz o ambulatório? Desratizar a área! Tem cabimento, por veneno num local cheio de gatos? Além disso, eu só queria saber que rato suicida ia se aventurar por lá.

(O Globo, 20.5.2012)

74 respostas em “Lilian Queiroz: a mulher que cuida de gatos e de sorrisos

  1. Oies! Euzinha acabei não registrando meu comentário aqui no Blog =))
    Sou voluntária da Oito Vidas e também conheci a Lilian e o trabalho incrível após adotar meus 2 gatinhos lá. É um amor incondicional por esses peludinhos amados e uma grande felicidade compartilhar desse trabalho!
    Quem desejar, pode curtir a página da Oito Vidas no facebook: http://www.facebook.com/oitovidas.8

  2. Pude conhecer hoje parte do trabalho da Lilian e espero em breve poder conhecer essa alma iluminada em que não encontraria palavras para agradecer o que ela faz pelos animais. Um trabalho grandioso que não deveria de forma alguma de sua responsabilidade se não houvesse no mundo pessoas tão covardes, egoístas, ignorantes, prepotentes e sem Deus no coração. Eu espero que quem possa a ler essas postagens consiga perceber que o comentário do Eugênio nada mais é do que a representação do pensamento dessas pessoas que além de não fazerem nada, ainda escrevem coisas que só prejudicam. De boas intenções o inferno está cheio, Eugênio! Já que você gosta de esclarecer, vá bater nas portas dos governantes para resolverem os milhares de crianças abandonadas, a corrupão, a falta de educação das pessoas, o caos dos hospitais. Não tente fazer um trabalho tão bonito parecer de alguma forma ruim, pois não é. Se você não tem capacidade para fazer algo parecido, pasmem, um veterinário, então vá consertar o mundo dando informações em outra freguesia.

    Lilian e colaboradores, a ong e o amor que temos pelos animais é infinitamente maior do que qualquer força contra. Abraços!

  3. Conheço o trabalho maravilhoso de minha amiga Lilian. Se todos seguissem apenas um pouquinho dos exemplos que dá em defesa da vida e da natureza, com certeza, o mundo seria muito bem melhor. Parabens Lilian, conte sempre comigo. bjs. Bebete

  4. E qual o peso que a palavra de um veterinário tem relação à proteção animal? Estamos em campos opostos. No meu blog nem na minha pagina não deixo publicar nada, vai falar ao vento.

  5. Em suas críticas ao trabalho desenvolvido por protetores, o Dr. Eugenio esqueceu “APENAS” de acrescentar como AJUDAR os animais que estão em necessidade nas ruas.

    Caso, além de críticas, ele tenha melhores ideias, por que não as expôs?

    As críticas não ajudaram os animais, não ajudaram os protetores, e não ajudaram a sociedade, nem a diminuição das zoonoses.

    • Ok. Não estou brigando.
      Eu acabei de colocar minha opinião na resposta à “Ninhada Carioca”.

  6. Oi Lilian,
    Concordo com o que você escreveu. O problema maior é o homem e toda essa ganância desenfreada que leva ao desequilíbrio ambiental e às desigualdades sociais que só tendem piorar. Estamos em rota de colisão e poucas ações efetivas são tomadas por aqueles que detêm o poder político-financeiro.
    Todos podem ver que você está fazendo um grande trabalho e tem a capacidade de aglutinar pessoas dispostas a mudar alguma coisa.
    Considere apenas esse aspecto da disseminação das doenças infeciosas e a questão das colônias se são mesmo a melhor opção. Pode ser que existam alternativas.
    Agradeço o convite e no que puder, pode contar com a minha contribuição.
    Um abraço.

    Desculpe a forma como faço algumas colocações e falta de cuidado em corrigir pontuações nos textos anteriores.

  7. Não tinha nem lido o comentário da “Ninhada Carioca”, mas depois puder confirmar o quão superficial é a sua abordagem sobre o assunto.
    Eu não tenho nada contra a ação dos protetores, mas o meu comentário foi apenas para mostrar que a coisa é mais complicada do que parece e o maior problema continua sendo a desinformação.
    Quando é feito o questionamento sobre os casos de febre maculosa, a nota técnica que citei anteriormente mostra o número de óbitos. Em relação aos casos de esporotricose, é bom conferir na FIOCRUZ e confirmar o que eu digo. É bom ver os números da Leishmaniose visceral em cidades de Minas Gerais, São Paulo, e mais recentemente no Rio de Janeiro? A internet está cheia de relatos sobre o assunto.
    Hoje o conceito de zoonoses é assunto seriamente discutido na Organização Mundial de Saúde e está entre as maiores preocupações.
    No livro “Armas, germes e aço” que pode ser encontrado em qualquer livraria (recomendo), o autor Jared Diamond mostra que ao longo da história, todas as doenças infecciosas no homem tiveram origem animal. As pandemias que mudaram ou podem mudar o curso da história da humanidade são a maior prova disso. Pense então em gripe suína, gripe aviária, ebola, Febre do Nilo, doença da Vaca Louca, cólera, Peste, Tuberculose… Isso mesmo: tuberculose também é transmitida por animais.
    Aliás quando se trata de doenças transmitidas por alimentos, a maioria também é de zoonoses o que explica a atuação de médicos veterinários na área de alimentos.
    Não sou contra a adoção de animais de rua, só alerto que a adoção deve ser feita somente depois do animal passar por uma criteriosa triagem.
    Animais de estimação são excelentes companhias dentro de casa, mas devem estar bem cuidados e saudáveis para não colocarem seus donos em risco.
    Em relação ao acúmulo de animais de rua em centros de triagem, continuo afirmando que é um erro. Não adianta nem se estender muito, mas só em relação à peritonite infecciosa felina, o vírus (coronavirus) precisa de muito pouco para ser disseminado.
    Em resumo: apesar das boas intenções, os protetores agindo dessa forma estão ajudando a disseminar doenças infecciosas na população de animais de estimação.

    Sobre a PIF, uma apresentação em PPT de um professor da USP:

    Clique para acessar o PIF2009.pdf

    Prestar atenção sobre os números da doença em colônias e as formas de disseminação da doença.

    • Fiquei preocupada com o comentário abaixo do vet. Eugenio que acredita ter uma visão abrangente do complexo problema de animais de rua. Não tem!
      1.Pq existem animais em vias publicas? Pq aí foi abandonado por algum humano. Qual a punição para este humano? Até hoje nenhuma!
      2.Pq abundam animais não esterilizados nas chamadas colonias? Pq a esterilização por vets é caríssima (no minimo 400-500 reais a fêmea). Ah, sim tem uma Secretaria, que quando implantada era de Defesa dos Animais e hoje apenas “um cabide de emprego”, que teoricamente esteriliza animais gratuitamente. Seria interessante comparar a estatística de castrações de quando a Sepda foi implantada e agora. Afinal somos nós que pagamos os salários.
      3.Não alimentar animais abandonados resolve o problema? Não. pelo contrario piora pois seres famintos e desnutridos são mais propensos a doença! São justamente os protetores que castram, alimentam, vacinam e doam estes animais do seu próprio bolso, diminuindo seu numero nas ruas e tornando-os mais saudáveis, fazendo um trabalho que deveria ser da Secretaria de Saúde!
      4.Dentre as doenças citadas pelo Dr Eugenio existente em animais de rua, a AIDS felina pode ser controlada. Minha gata no 1 era aidética e morreu de velhice ao 18 anos com comprovação veterinaria
      5.Falando de AIDS felino pq ser tão rigido com os gatos quando existem colonias de humanos usuários de crack com todo os tipos de doenças infectocontagiosas, incluindo a AIDS, e estas sim transmissíveis a humanos; também pisamos com nossos chinelinhos em excrementos destes pobres seres humanos
      6.Há muito mais a ser dito porem, por brevidade, prefiro não me alongar
      Preci Haydée Grohmann
      7.Médica (Imunologia/Clinica Medica) com cursos de pós graduação na Universidade de Toronto e Londres e PROTETORA com muito orgulho

      • Sra Perci,
        Eu não falei que tenho conhecimento abrangente sobre animais de rua. Só quis alertar sobre um aspecto que as pessoas ignoram.
        Em relação aos questionamentos posso te responder o seguinte:
        1- Existem animais de rua porque a muitas pessoas são egoístas e ignorantes. Muitas pessoas preferem se livrar de um animal quando ele não corresponde às suas expectativas ou quando fica doente. Maus tratos e abandono são considerados crime, mas com raras exceções, é difícil ver alguém punido por esse motivo.
        2- Concordo que deveriam existir mais órgãos públicos para controle da saúde dos animais para a população carente e para os animais de rua. Concordo também sobre o seu comentário sobre a SEPDA, onde um cão foi nomeado assessor. Acredito que o ex-vereador Claudio Cavalcanti iniciou o projeto com boas intenções, mas depois o negócio se perdeu. O próprio Instituto Municipal da Mangueira ficou refém da dita secretaria e as coisas acabaram não funcionando.
        Em relação ao custo da castração numa clínica, posso afirmar que a profissão que exige anos de investimento e estudo, e que o trabalho é a fonte de renda para o veterinário como para qualquer trabalhador. Além disso, uma clínica tem custos de materiais, de funcionários, uniformes, encargos trabalhistas, sindicatos, impostos, taxa sanitária, taxa de incêndio, taxa de coleta de lixo hospitalar, contador, luz, água, telefone, material de limpeza, manutenção de materiais e equipamentos, Conselho Regional, seguro, empresa de segurança, e por aí vai….. Escolher veterinária não significa fazer voto de pobreza e cada um tem o seu custo. Todo veterinário adora animais mas precisa pagar as suas contas. Muitos fazem caridade e ajudam, mas lamentavelmente isso não é o suficiente para algumas pessoas.
        3- Concordo também que as autoridades públicas deveriam assumir a sua responsabilidade seja fazendo companhas educacionais, investindo em campanhas de castração e cuidando de animais da população carente.
        4- Eu não disse que todos os animais positivos morrem. Uma parcela da população pode ser naturalmente resistente e apenas transmitir a doença, o que é pior ainda. Mesma coisa serve para FeLV e PIF.
        O seu conhecimento em imunologia pode ajudar a entender isso.
        5- Pisar em excrementos humanos também é algo que não se recomende. Desde que Pasteur relacionou a existência dos microorganismos específicos para cada doença é que foram estabelecidos os cuidados epidemiológicos e medidas profiláticas, que fizeram com que a expectativa de vida subisse de cerca de 45 anos no final do século XIX para 78 anos nos dias de hoje. A comparação portanto não tem fundamento.
        6- Não faço questão de mostrar títulos e também prefiro dar o assunto por encerrado para não ser mal interpretado.
        Acredito no crescimento do ser humano através do debate e da razão. Todos aprendem quando podem se manifestar e são ouvidos.
        Quando me manifestei, acreditei que poderia acrescentar alguma coisa, mas isso deixa de fazer sentido diante de certas interpretações.
        Seja feliz e continue ajudando os animais.
        Peço desculpas a todos, particularmente à Dra Lilian por eu ter desviardo o foco do assunto. Ela por sinal que demonstrou ser uma pessoa de grande valor somente com um comentário a respeito dessa discussão.
        Um sorriso e um abraço.

    • Tuberculose é transmitida por animais, mas, no caso das notificações citadas, são em colônias humanas, também chamadas de comunidades que os números assustam. Sim, os veterinários estão presentes na Anvisa / Visa, porém, a maior preocupação e incidência é contaminação de causa alimentar, por muito ser ligada à origem animal, seja na mesa ou na produção. (veganos, também há contaminação de vegetais / água por zoonoses). Em momento algum, deixei de apoiar sua lembrança quanto Felv / FIV, mas com devidos cuidados, pode haver adoção compatível às limitações de cada um. Sobre a esporotricose, é bom lembrar de que ela é tratável. Agora, só não sei o que quis dizer sobre triagem, se ela é excludente ou apoia que os humanos tratem a esporotricose ou cinomose, por exemplo, como muitos já fizeram e o senhor deve saber melhor do que eu. Eu sou super contra fazer de qualquer jeito e, até no caso da minha amiga, joguei umas mil indiretas porque eu realmente acho que a tal protetora poderia se limitar a apenas ajudar quem não mistura os animais.

      E sabe o que é complicado? Enquanto tem gente morrendo pela gripe A no Ceará, álcool gel vira brinde porque as pessoas não estão mais procurando. Sabe, a irresponsabilidade humana, se for pensar nela, seria para desenvolver uma síndrome do pânico. Muitas zoonoses matam, mas também ligadas à ausência de profilaxia. Por falar em OMS, sabe qual é a campanha mais recente deles? Lavagem de mãos! Sim, o ser humano não sabe lavar as mãos, quando lavam!! Ah, por sinal, beijinhos à distância. Quem tem crianças é um potencial vetor de viroses. risos. Estou brincando, mas, bem ou mal, é verdade!

      • Em relação à esporotricose é indicado o tratamento, que pode levar meses. Nós temos encontrado alguns casos de maior resistência, mas que ainda respondem quando a dose do anti-fúngico é aumentada. Nos animais que já estão imunodeprimidos a resposta pode ser frustrante e nesses casos eu discuto com o proprietário a questão do risco e do benefício. Recomendo a manipulação desses animais com luvas e que não tenham contato com crianças, idosos ou portadores de qualquer doença que cause imunodepressão.

        Quanto à FIV, FeLV e PIF, o negócio é mais complicado.
        Acho que ninguém teria uma resposta totalmente abrangente. O ideal é que todos os animais destinados à adoção fossem testados sorologicamente. O preço dos Kits de diagnóstico de FIV e FeLV caiu bastante nos últimos anos, mas sinceramente não sei se seria viável. Isso teria que ser avaliado.
        Cada caso deveria ser estudado separadamente dependendo do perfil da pessoa que quer adotar.
        Já tem outros gatos? Soropositivos ou não? Adotaria um gato sabendo que é soropositivo?
        Vamos por empatia:
        No meu caso que tenho dois gatos soronegativos, eu só colocaria outro junto, caso testado e com o resultado negativo. Acho que muitas pessoas pagariam o teste pelo preço de custo.
        Se eu não tivesse nenhum gato eu poderia até adotar um soropositivo, ciente que só poderia misturar com outros gatos soropositivos.

        E os gatos de rua?
        Melhor é castrar todos e investir em campanhas de educação e cobrar das autoridades públicas. A mesma coisa com os cães.

        Em relação às doenças dos cães:
        Cinomose tem cura. Depende do estado geral do animal e de sua resistência natural à doença. O tratamento de suporte com fluidos e antibióticos para controlar as infecções oportunistas funcionam em alguns casos.

        Atualmente o maior problema com cães é a Leishmaniose, onde as autoridades sanitárias não permitem o tratamento dos animais soropositivos e determinam a eutanásia. É uma questão difícil de ser abordada, mas já existe vacina no mercado que tem bons resultados na prevenção da doença em áreas endêmicas. O melhor então é saber se existe a doença na sua região, fazer o teste sorológico e no caso do resultado negativo, aplicar a vacina anualmente.

        Hoje no Brasil são mais de 30 milhões de cães e 18 milhões de gatos, e esses números tendem a aumentar, com a melhoria das condições sócio-econômicas das famílias brasileiras.

        Por isso temos que investir em educação e informação para que as pessoas adquiram animais que sejam adequados ao seu estilo de vida, impedindo assim, que ocorra um aumento proporcional do número de animais abandonados.

  8. Darei uma olhada no perfil.
    Por coincidência acabei de receber e-mail com uma nota técnica (06/2012) emitida pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde do Estado do Rio de Janeiro alertando sobre o aumento de casos de Febre Maculosa.
    Para se ter uma noção da gravidade, de 207 a 2012 foram 135 casos, sendo 20 casos somente no município do Rio de Janeiro. Dos casos confirmados, o índice de mortalidade foi de 46,3%.
    Essa que essa é apenas uma das doenças que citei.
    A nota na íntegra pode ser conferida em:
    http://linkambiental.blogspot.com.br/2012/05/atencao-febre-maculosa-brasileira-se.html

  9. Quero agradecer a todas as mensagens carinhosas que recebi.
    Foi bem mais que uma massagem no ego.:0)

    Também li o que o veterinário Eugênio escreveu e deixo aqui o meu comentário:

    Acho que está passando da hora da Medicina Veterinária deixar um pouco de cuidar da Saúde pública e cuidar dos animais, que são os seus verdadeiros clientes.
    Pelo seu raciocínio, Eugênio, teremos que varrer da natureza o homem, o maior vetor de doenças do planeta, que com sua ganância consegue desequilibrar todo um eco sistema perfeito e maravilhoso.
    O que torna o gato ou qualquer animal vetor de doenças é a irresponsabilidade humana.
    Se tudo estivesse em equilíbrio na natureza, nada disso estaria acontecendo e não foram os bichos que iniciaram esse desastre.
    Eles não poluem, não degradam, não emporcalham e nem tem uma visão antropocêntrica do universo.
    Se formos pensar em Zoonoses, teríamos que acabar primeiro com as comunidades carentes, onde 5 ou mais pessoas dividem um mesmo quarto, muitas vezes com uma só janela mínima, sem ventilação, e é um grande vetor de trocentas doenças. Saem de lá e entram em nossas casas. Temos uma enorme comunidade na Zona Sul, que é o maior foco de Tuberculose do Rio de Janeiro.
    Como poderemos sair às ruas, se por um espirro podemos contrair o H1N1, a Meningite? E entrar em ônibus lotados que circulam pessoas cheias de viroses, e por aí vai…
    O que deixa os humanos susceptíveis a doenças é a nossa má alimentação, hábitos deletérios, o estresse da vida urbana, o sedentarismo, que cada dia nos deixam mais imuno suprimidos.
    O mesmo acontece aos animais.
    Confinados em abrigos, eles passam todas essas doenças uns para os outros, além de perderem suas vidas trancafiados, sem direito a liberdade, sol, ar, verdes, sem direito à vida. Isso não é justo.
    Está mesmo tudo errado, sem saída, sem luz no fim do túnel.
    O que realmente é inadmissível, é que os animais paguem o pato, por toda a nossa ganância, egoísmo e irresponsabilidade.
    Existem sim, Eugênio, pessoas simples e de bom coração, que colocam comida para os animais de uma forma incorreta, ou guardam os animais, das maldades do mundo, da forma errada, por falta de informação.
    Taí mais uma coisa que os Veterinários poderiam fazer para um planeta melhor – informar – ajudando a fazer da forma certa, tirando apenas uma tarde por semana de seus consultórios lotados de bichinhos doentes, muitos deles levados por um protetor ou que foram adotados através deles.
    Junte se a nós Eugênio, com os seus 22 anos de experiência, e agregue valores para um mundo melhor.
    Seu conhecimento bem usado pode ajudar os animais a ficarem livres de muitas Zoonoses, que não são causadas por outro vetor que não sejam o próprio homem.
    Abraços,
    Lilian
    http://www.oitovidas.org.br

  10. Em resposta ao veterinário acima, com todo respeito, sou preocupada com a saúde pública como você. Porém, estranho o silêncio quando são promovidos eventos na tal comunidade, que hoje tem um surto de tuberculose, e não é o mesmo que ocorre quando falamos de animais. Soa como preconceito, não? Os humanos podem se unir, dar as mãos cheias de bacilos, que ninguém questiona! Tenho uma amiga que adotou uma gata com Felv, de um abrigo que até então não se preocupava em separar os animais. Diferente da Oito Vidas, presidida pelo perfil em questão. É realmente importante testar os animais para Fiv / Felv*, em especial, nos casos em que o adotante tenha outro gato ou até não tenha condições emocionais / econômicas de ajudar um gato com Felv / Fiv, porém, não é justo não considerar as possibilidades positivas por conta de tal medo. Com informação e organização, o adotante pode ser sim feliz na sua busca e salvar uma vida ou até mais. Sobre a alimentação, infelizmente, como nós, os animais tem fome e quem deveria ter o preparo de ajudá-los, um órgão público especializado em tal foco, parece não ser o suficiente para a demanda. Porém, questiono quantos casos de maculosa tivemos? É realmente prioridade ao ponto de deixar os animais à espera apenas da gestão pública ou de veterinários que, como o senhor, saberiam o que estão fazendo? Ou seria a hora de enlouquecer diante das burradas que o ser humano faz no dia-a-dia nas cidades, como fechar janelas em lugares coletivos, não higienizar as mãos, se alimentar em estabelecimentos sem o mínimo de limpeza ou até, em vez de alimentar também os chamados vetores de febre maculosa, preparar refeições em casa ou no trabalho com total despreparo. A título de curiosidade, trabalho com divulgação higiene alimentar e sabe o que eu mais encontro no meu “alert” da palavra “surto”? Erros humanos e não digo de crianças ao pisar com o chinelo em fezes de animais. Hum, vejamos, temos um surto de salmonela em sushi nos EUA, tuberculose no Rio, 1.500 com diarreia em Bebedouro – SP, hepatite A em Mangaratiba e Norte de Minas, dengue na Bahia!

    * Sem exceção.

  11. Não quero ser do contra, mas vejo esse tipo de situação com frequência e em muitos casos, as boas intenções não bastam. Eu antes de mais nada quero esclarecer que adoro animais e admiro as pessoas altruístas que tentam mudar o mundo para melhor. Que cães e gatos sempre fizeram parte da minha vida e esse foi um dos motivos que me fizeram escolher a medicina veterinária como profissão.
    Exerço a profissão há 22 anos e vejo o problema dos animais abandonados longe de uma solução razoável, porque a maioria dos envolvidos é motivada apenas pela emoção e só enxerga o que está na superfície. É comum portanto, ver que os interesses dos ditos protetores frequentemente estão em conflito com as questões da saúde pública ou dos aspectos epidemiológicos de doenças infecciosas e parasitárias das espécies animais envolvidas.

    Gostaria então, de alertar e deixar para a reflexão os seguintes tópicos que considero importantes:
    1- A adoção de colônias em determinados espaços urbanos como o citado no texto é um risco para a disseminação de graves doenças emergentes. Um exemplo disso é o que costumo observar na Barra da Tijuca onde junto ao Canal de Marapendi, uma colônia de gatos é alimentada e cuidada por protetores A ração que sobra é “compartilhada” por outras espécies, principalmente gambás e capivaras, o que torna propício o ambiente para o surgimento de focos de FEBRE MACULOSA (as capivaras são reservatórios e basta apenas o aparecimento de carrapatos para fechar o ciclo). Nesse mesmo local, várias crianças passam de chinelo a caminho da praia e não é difícil que pisem em fezes de gatos, gambás, capivaras, pombos, ratos e etc. São inúmeras as doenças que podem ser transmitidas por esse tipo de situação.
    É bom lembrar que onde tem lixo, abrigo e alimento disponível haverá a incidência de pragas urbanas.

    2- O recolhimento de gatos em abrigos ou centros de triagem favorece a disseminação de doenças infecciosas entre os próprios gatos recolhidos. Doenças como a Leucemia Felina (FeLV), Peritonite infecciosa felina (PIF) e Imunodeficiência Viral Felina (FIV ou AIDS felina) têm aumentado drasticamente a incidência nos últimos anos. Basta juntar os gatos no mesmo lugar que a natureza faz o resto.
    Quem adota um gato de abrigo não testado sorologicamente para essas doenças, corre o risco de se deparar com um soropositivo e muito provavelmente, uma rotina de frustração e sofrimento de um animal condenado à morte. Ainda hoje não existem tratamentos eficazes para essas doenças e o que vai acontecer nos próximos anos será uma adaptação do vírus à população de gatos. Uma parcela considerável dos gatos geneticamente sensíveis à infecção deverá sucumbir.
    Quem que já teve um gato com uma dessas doenças sabe do que eu estou falando.
    Ainda bem que alas não infectam seres humanos.

    3- Os gatos portadores dessas doenças que desenvolverem quadro de imunossupressão, comumente desenvolvem outras doenças oportunistas que podem ser transmitidas para os seus donos. O risco de transmissão de zoonoses (doenças transmitidas dos animais para o homem e vice versa) aumenta de forma considerável. O Rio de Janeiro vive hoje uma epidemia (epizootia) de esporotricose provavelmente relacionada ao aumento da FIV, FeLV e PIF. A esporotricose é uma doença fúngica que pode ser transmitida para humanos e causa graves lesões que levam meses para curar. O pior é que os médicos têm dificuldade de diagnosticar a doença na rotina ambulatorial.
    Outras doenças como toxoplasmose, clamidiose, giardíase, dermatomicoses, estão entre algumas dezenas de possibilidades de zoonoses transmitidas ao homem.

    O recolhimento de animais de rua parte é parte importante do processo de controle, mas a questão principal que deve ser abordada é a da posse responsável. É importante educar as pessoas e conscientizar aquelas que pretendem ter um animal para que busquem informações sobre o melhor animal para o seu estilo de vida.

    Como diz uma propaganda de ração, ter um animal em casa é tudo de bom. Vale tanto para cães como para gatos, mas eu devo lembrar que isso é fato desde que eles recebam os cuidados e a atenção necessária.

    Nota: Moro num apartamento com minha esposa, minha filha de 11 anos e meu filho de 3 anos que convivem com 2 gatos que foram recolhidos na rua e fazem parte da família.

    • Dr. Eugenio, Vc esqueceu de mencionar em seu comentário que um teste para FIV e FeLV pode dar falso negativo. Descobri isso no início de janeiro deste ano, quando minha gata – adotada do quiosque da Suípa, na Glória, em setembro de 2011 – ficou anêmica e a veterinária recomendou a retestagem alegando a possibilidade de o resultado anterior ser falso. Desta vez, o exame deu positivo para FeLV e desde então enfrento a dura rotina que Vc mencionou, de transfusões (três em um apenas mês e meio) e frustrações… O sofrimento é ainda maior porque – por falta de orientação da clínica veterinária – adotei um segundo gato, da ONG Oito Vidas, em maio de 2012, que inicialmente também testou negativo para a FeLV e em janeiro deste ano (depois de eu saber da doença da minha gata) foi retestado e deu positivo. Provavelmente ele pegou o virus da minha gata e eu, sem querer, o condenei à morte. O que me revolta é que eu poderia ter evitado que isso acontecesse. Se a clínica tivesse me orientado a retestar a minha gata ANTES de adotá-lo, eu poderia ter certeza de que ela era negativa ou simplesmente descobriria que era positiva e optaria por cuidar apenas dela e não adotar um segundo gato. Às vezes, passa pela minha cabeça que as clínicas veterinárias só estão interessadas mesmo em prestar seus serviços e faturar às nossas custas. Já gastei mais de R$ 5 mil com a minha gata de janeiro até agora (um mês e meio) e ela só faz piorar. Parece um zumbi andando pela casa. E o meu outro gato ainda não apresenta os sintomas, mas é duro saber que a qualquer momento ele pode passar por tudo isso… A adoção responsável depende de os candidatos a proprietários de animais serem bem informados pelos veterinários sobre os riscos que este tipo de atitude envolve.

  12. Adorei a matéria, o trabalho dessa pessoa tão maravilhosa que é a Lilian (não a conheço mas adoraria poder conhecer), faço minha parte aqui em Sampa, não só ajudando com doações, como também adotando os que realmente precisam. No momento tenho 6 gatos e agora adotei também uma linda cachorra que passa o dia correndo atrás dos pobrezinhos, verdadeira diversão para ela. Peço a Deus que continue iluminando e acompanhando o trabalho de todos que olham e cuidam dos animais com tanto amor e dedicação.

  13. Parabéns para a Cora por mais uma matéria maravilhosa!
    Parabéns para a Lilian e para a Cristina pelo maravilhoso trabalho que realizam com a Oito Vidas. Trabalho que vai além da proteção animal, pois envolve solidariedade, compaixão, cidadania, respeito à vida…é um trabalho que promove também o desenvolvimento humano.

  14. Lilian sem duvida e um espirito de luz que veio a terra para olhar pelos nossos amigos peludos.
    Através dela tive a possibilidade de experimentar o que e conviver com gatos. A amizade, o companheirismo. Tudo de bom!
    Maurício e Micaella sao lindos.
    Obrigada Lilian!!

  15. Conheci a ONG Oito Vidas, e essa pessoa maravilhosa que é a Lilian. Ela me contou sua história, conheci vários gatinhos de lá, e a Catarina resolveu me adotar. Hoje ela mora aqui em casa, é muito mimada pela mamãe e pelo papai. A Oito Vidas fez as nossas vidas mais felizes, com essa gatinha sapeca!

  16. Na tarde da virada de ano 2010/2011, fizemos um pique-nique no Pasmado e fiquei surpresa, inclusive comentei muito com amigos, que lá vi casinhas e gatos lindos e super bem tratados. Está explicado agora!

  17. Parabéns Lilian, voce é nota 10. Faço o que posso aqui em Angra, impressionante como as pessoas tem preconceito com gatos. Naquelas horas que acho que a luta é inglória, lembrar de voce, do seu trabalho, é um alento e dá a força necessária para levantar as mangas, ignorar os arranhões e continuar…beijos!

  18. Ontem me enrolei na cozinha e acabei não comentando. Meu domingo começou iluminado com essa matéria. Não conhecia a Dra. Lilian e fiquei encantada com mais um lindo ser humano. Parabéns pelo lindo trabalho!
    A você, Cora, os parabéns de sempre, por retratar com tanta delicadeza essa figura maravilhosa!
    Meus gatinhos mandam muitos ronrons! 😉

  19. Pingback: Lilian Queiroz: a mulher que cuida de gatos e de sorrisos « kittens · gatinhos · gatitos

  20. A Oito Vidas faz um trabalho amplo, variado e extenso na defesa de animais. Além de prestar toda assistência veterinária, alimentar, de esterilização e doação, ela atua como nenhuma outra – que conheço – nas área judicial e educacional. Busca conscientizar e educar a sociedade, inclusive os governantes. Os bichanos abandonados no Hipódromo da Gávea do Jockey Club têm recebido apoio e defesa inteligente, embasada e brilhante da Oito Vidas. Quando um dirigente do clube questionou a presença da Ong numa reunião entre ele e a Secretaria de Promoção e Defesa dos Animais – SEPDA, a resposta veio inquestionável: temos o dever legal de defender os interesses dos animais. Bravo Lilian e Cristina!

  21. foi a Lilian q me ajudou quando Tutu apareceu aqui na vila há meses atrás, ainda bebezinha, precisando ser capturada e castrada. entrei no blog da Cora Ronai e vi o link da Oito Vidas. depois ainda foi me ajudando com outros conselhos qd Tutu resolveu que seria minha. 😀

  22. Reportagem maravilhosa sobre uma mulher absolutamente maravilhosa, uma História emocionante. Eu já entrei varias vezes no site do oitovidas, mas não conhecia a historia por trás de tudo…. confesso que fiquei com uma baita inveja da garra desta guerreira. Obrigada por vc existir Lilian, eu e meus seis bigodudinhos te mandamos muitos beijos e lambidas… e pq não dizer muito pelo pra vc mandar para aqueles imbecis.. hahha

  23. Junção esplêndida de Lilian Queiroz com Cora não podia deixar de ser outra coisa além dessa obra divina. Muito bem retratada: Tinhosa, corajosa e guerreira. Tem coração sim para ajudar crianças e um porta-malas do carro com cobertor, pois tem sensibilidade também com as pessoas que não têm teto. Fora o trabalho excelente, com os animais, feito com o pulso forte e determinado dessa heroína. Parabéns!!

  24. Parabens!!!é pouco, belo trabalho, isso me fez lembrar de nossa turma no Colegio Estadual de Uberlandia…. sucesso e oito vidas….

  25. Tenho cinco gatinhos lindos, cinco preciosidades que adotei na Oito Vidas. A Lilian nos ensinou a não separar irmãos. Tenho dois irmãos de dois anos e três irmãos de um e hoje sabemos que a Lilian realmente está super maravilhosamente certa. Eles juntos são uma força da natureza. Eles me dão muito mais do que eu a eles. Têm personalidades diferentes, complexas e cativantes. São alegres, saudáveis e tem muita energia… Eles são tudo de bom. A Lilian tem o meu respeito e está no meu coração por ter me dado estes cinco amores e por fazer tanto por tantos outros: gatinhos e pessoas. Parabéns também para a Cora, pela linda crônica.

  26. Gostaria de não ser repetitivo mas não consigo. Belíssimo trabalho! Parabéns Dra. Lillian! Do alto dos meus 78 anos também faço alguma coisa em prol desses bichinhos. Tenho 4 em meu apartamento. Todos recolhidos na rua e cuido de mais 17 nas proximidades do meu condomínio e conheço muito bem as críticas dos inimigos gratuitos desses pequenos, agradecidos e adoráveis animaizinhos.

    • Deixa pra lá, Dra. Lilian! Eles não sabem o que dizem e não encontraram como a senhora, um sentido na vida! Parabéns, pelo lindo exemplo! Minha prima, Janaina Santos, conhece e respeita o seu lindo trabalho!!! (e eu agora também!) Abraços!

  27. Lilian Queiroz foi dentista da minha filha, quando ela ainda era criança. Profissional ao extremo, delicada e sensível, uma flor de pessoa. Lembro quando ainda nao existia a Ong Oito VIdas, quando so existiam alguns gatinhos no apto de Botafogo…Parabéns Lilian pelo seu trabalho! Cada ser humano tem que ser livre para defender o que quiser…Cora Ronai, tambem amo gatos, obrigada pelo texto maravilhoso destinado a Lilian!!!

  28. Parabéns às duas: uma por fazer – e muito! – e à outra por divulgar tanto afeto, que não exige qualquer tipo de troca e que tem o sono dos justos. Tudo isso faz bem à alma e nos conforta.

  29. O trabalho da Dra.Lilian, é um trabalho cruel, desgastante, que muito a tem consumido. Entrou de cabeça, e como tudo que faz na vida, é feito com muito esmero,dedicação e amor. Parabéns pela reportagem, que dá visão a ela pelo trabalho na ONG oito vidas. Espero sinceramente, que o Rio mereça, reconheça, e que o Estado, doravante, cumpra a sua obrigação, e não deixe-a desgastar tanto,dentre poucas outras pessoas existentes, com a própria vida em defesa dos animais aí existentes. Bom domingo a todos. Reflexão.

  30. A quantidade de gente estúpida com as quais a Dr. Lilian Queiroz tem que lidar é assustadora. Que cansaço deve ser para uma pessoa como ela ser tão sensata num mundo cheio de estúpidos.

  31. Tenho a sorte de conhecer as duas. A Lilian me apresentou à Cora no ano de 2005. Duas pessoas que tem o meu carinho e respeito total. Tenho uma gata que foi adotada com a Lilian (antes da ONG Oitovidas existir), Faço questão de sempre dar notícias e enviar fotos da Debie. A Lilian gosta disso, ela sabe para onde foram todos os seus animais que doou e acompanhar a vidinha deles lhe dá alegria.
    Foi muito bom a Cora ter produzido essa crônica. Nós que conhecemos a Lilian assinamos embaixo. Quem não a conhecia agora tem a oportunidade de saber quão humana e responsável ela é.

  32. Conheço o trabalho feito pela ONG Oito Vidas, da Lilian Queiroz. É um amor verdadeiro para com os animais de rua! É com grande orgulho que compartilho esta matéria com meus amigos! Que a Lilian e os demais amigos da Oito Vidas tenham sempre muita SAÚDE e PAZ! E que os nossos governantes, quem sabe um dia, possam se espelhar neste trabalho repleto de compromisso e responsabilidade com a sociedade e de grande respeito com os animais!

  33. Que texto maravilhoso! Meus calorosos parabéns, para homenageada e cronista.
    E, Cora, por falar em “profissão de sustentar marido”-um preconceito horripilante ainda nesta geração- eu outro dia me perguntei como foi que sua mãe se formou em arquitetura. Afinal, são 25 anos de preconceito a mais! Ela deve desenhar alucinantemente bem, e não apenas épuras no quadro-negro.
    bom domingo!

  34. Me acordaram antes de 8hs, pra falar da matéria. Obrigada querida. Ficou tudibom! Você é impar! Estou mesmo me sentindo a “mulher maravilha”, com tantas ligações, e-mails e msgs.Obrigada pelo carinho. Um grande beijo.

    • Dra. Lilain. Parabéns ! E obrigada ! Seu trabalho (que infelizmente eu não conhecia) é lindo e a crônica me emocionou às lágrimas, como deve ter acontecido com todos aqui que amamos os animais. Que Deus a proteja sempre, pois os bichinhos, com certeza, já o fazem. Um grande beijo meu e dos meus 11 gatinhos (faço a minha parte…). Vera Scheidemann

  35. maravilha de crônica!
    tenho andado na correria e que prazer vê-la mais uma vez através da sua escrita sem igual!
    bom domingo Cora! 🙂

  36. normalmente, aquele que pergunta ao protetor de animais “por que você não cuida de crianças carentes?” é o cidadão omisso que não cuida de nada, de ninguém, não faz coisa nenhuma para melhorar o mundo em que vive e só abre a boca para desvalorizar todo e qualquer trabalho voluntário. é o mesmo cidadão que pergunta ao casal que pretende adotar um filho “por que você não adota um vira-lata?”, a mesma insensatez desrespeitosa.

    o omisso, o egoísta, ele não se realiza na vida e procura contaminar com sua incompetência a qualificação e a capacidade alheias.

    ainda bem que este mundo já é habitado por espíritos nobres que não se deixam contaminar pelo egoísmo que ainda estão no princípio da escala do desenvolvimento moral. com seus exemplos e dedicação, vão muito além dos resultados aparentes da proteção que efetivamente praticam, e deixam uma semente dormente, mesmo nas almas dos omissos, egoístas e descrentes.

    • Ajudar os outros é tão natural da Lilian que ela nem entra em detalhes do quanto também faz e sente pelos humanos com menos sorte que nós! E, infelizmente, quem a questiona nem merece conferir o quão maravilhosa é essa mulher. Eu, que a apoio com a ajuda aos animais, tive a honra de ver, sem querer, que ela pensa nas pessoas desabrigadas também, os ajuda. Pena mesmo que os acomodados vão continuar falando e eu admirando!

  37. Ela trabalha com gatos e sorrisos… Tudo a ver… Como diz a música, é improvável, é impossível, ver um bichano e não sorrir…

  38. Muito bom!
    Me identifiquei com a Lilian mas a diferença são 788 gatos e a determinação de fazer sempre mais.
    E queria saber se alem de amar e salvar tantas vidas a Lilian escova os dentes dos gatos!
    Tô bbrincando mas é sério. 🙂

    Adorei o perfil. Vida longa pra Cora e pra Lilian!

  39. Lindo texto (como sempre). A respeito de móveis, tenho feito estantes com vidro, que tem a dupla finalidade de impedir a gatada de jogar as coisas no chão, pois além dos livros é onde coloco enfeites, e impedir a entrada de poeira, dando menos trabalho. Fiz também um móvel para o computador todo fechado, depois de perder caixas de som e teclados. Ficou um móvel esquisito, muito diferente do usual. Mas atingiu o objetivo. E encontrei um tecido onde as unhas não entram. É um tecido usado em móveis para varanda. Abraços e beijos.

  40. Não cabe falar mais nada, o seu texto é maravilhoso, sem ser piegas! Objetividade e clareza (entre outras qualidades) são sempre presentes nos seus textos! PARABÉNS! (as duas!) Acho a palavra que resume tudo isso seria: AMOR! Esse é um dos raros momentos, que eu procuro forças para acreditar no bicho homem! OBS: Sempre que eu olho para a minha gata, eu vejo que deve existir realmente uma “cara” responsável por tudo isso! (ando procurando reatar a minha “amizade” com o “cara lá de cima”!) Abraços, e obrigado pelo exemplo!

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