A sua máquina tem backup?

A casa de um conhecido foi assaltada. Até aí, nada de mais. Estamos no Rio de Janeiro, e assaltos, em casa ou na rua, não são, infelizmente, novidade para ninguém. Além de jóias e dinheiro, os ladrões levaram também os computadores — e, com isso, levaram todo o trabalho desse conhecido, suas fotos e arquivos diversos. Ter backup de tudo num disco externo não adiantou nada, porque os ladrões levaram também o disco externo.

Fiquei horrorizada quando soube disso. Este é o cenário dos meus piores pesadelos, já que toda a minha vida está nos discos rígidos do desktop e nos meus dois HDs externos. Tenho tanto medo de perder o conteúdo dessa quantidade de dispositivos que, já há alguns anos, assino um bom sistema de backup na nuvem. Assim fico garantida contra roubos, incêndios e outras calamidades, inclusive a perda ocasional de arquivos a que todos estamos sujeitos.

O sistema chama-se Carbonite. Quando comecei a usá-lo, aí pelos idos de 2007 ou 2008, ele era o único do gênero; hoje, há pelo menos meia dúzia de serviços parecidos, alguns até gratuitos, e outros mais completos, que oferecem extras preciosos, como o backup de diversas máquinas (o Carbonite faz o backup de um só PC). Por que continuo com ele nesses tempos de abundância de drives virtuais? Porque comecei com ele e porque para a função a que se propõe — manter cópias de segurança dos arquivos de conteúdo de uma máquina – ele é sólido, competente e facílimo de usar. Além disso, e essa é sua principal vantagem, não há limites de espaço, o que significa que tenho cópias de todas as músicas e fotos do meu computador, sem precisar me preocupar com a seleção do que vai ou do que fica. O custo disso? US$ 60 anuais. Acho um bom negócio.

Usar o Carbonite é simples. Baixa-se um software para o computador, configura-se o que se deseja salvar e pronto, lá fica ele trabalhando imperceptivelmente em background (a configuração padrão inclui todas as pastas pessoais, preferências, desktop). A primeira rodada de backup leva um bom tempo; depois, só os arquivos novos e as eventuais modificações nos antigos são salvos. Um “centro de controle” instalado no desktop mostra em que pé está o serviço, quantos arquivos foram copiados e quantos (e quais) ainda precisam de cópia. Tudo isso pode ser revisto, ou seja, arquivos que não estão marcados para backup na configuração inicial podem ser acrescentados, assim como arquivos marcados podem ser removidos da lista. Os comandos são executados clicando-se o botão direito do mouse sobre cada arquivo ou pasta. Quanto ao backup propriamente dito, ele aparece como um drive chamado Carbonite quando se abre “Meu computador”. Lá tudo está arquivado exatamente como nos drives que existem na máquina. Este conteúdo pode ser acessado também através de dispositivos móveis.

Detalhe interessante: com a instalação do Carbonite, cada arquivo passa a exibir uma minúscula bolinha colorida indicando o seu status: os que já têm cópia de segurança ficam marcados com uma bolinha verde, enquanto aqueles cujo backup ainda não foi feito ostentam bolinha amarela. Assim se vê, imediatamente, o que já está está a salvo. Adoro este feature.

Se você ainda não tem um bom backup da sua máquina na nuvem, devia pensar seriamente sobre o assunto. Há várias alternativas ao Carbonite: CrashPlan, SOS Online Backup Home Edition e SpiderOak são as três mais bem cotadas. Compare seus preços e condições, e decida que perfil de backup melhor se adapta ao seu caso. Só não deixe de ter um bom backup online. Como diz a propaganda, vai que…

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Como era de se esperar, os usuários de Draw Something estão se espalhando pela rede e ocupando novos espaços. No Instagram, comunidade de fotos voltada para a exibição de imagens, encontraram o lugar perfeito para mostrar o seu trabalho. Eu mesma não resisti e já subi uns quatro desenhos, contribuindo para a pilha de quase 215 mil imagens com a hashtag #drawsomething. Já já os IGers mais radicais, aqueles que fazem questão de proclamar que só fazem fotos com iPhone, vão começar a reclamar. Mas nada, nem Draw Something nem Instagram, é nariz de santo; todas as comunidades são feitas para que a gente brinque e se distraia.

(O Globo, Economia, 12.5.2012)